quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

como Marte, eu amante


Não há escuro no ocaso pra quem vem de Vênus
e essa luz em céu noturno de estrada sem rumo
é um convite em murmúrio à fome,
um breve estado em esquecimento.
De ter desnudo desejo nesse clarão de noite
depois de em tua boca um verso,
fábula de culpa alardeia templos
repletos de deuses que uivam viris, suculentos.

Mas esse canto de cisne novo
te deita em concha de pérola
mal a noite em espiral adentra.

Sua voz esse intento
cratera de fogo
em vulcânica superfície.

Um comentário:

Renato Torres disse...

Fabi,

é belo o intento, e o invento. é certo o que revela a labareda da palavra, o retrato esculpido a palavra. querer o melhor, e sem equívocos. essa aventura de te ler de longe, e imaginar perto.

um beijo!