domingo, 2 de junho de 2013

último tango


o impulso, analfabeto,
ao reger-se por um sopro, um eco,
se ajeita como um germe
mínimo de tempo
para um zeus criança

dentro tudo claro
como um e um são sóis

esse repentino querer
se toma forma de nome
cria reino escuro de reter
dito e certo saber, lugar comum

o certo é deixar sem escrito
esse desencontro súbito 
de nós dois

se ventas, por que vacila?
se nuvem, por que inventas?
se sopro, por que tormenta?

propósito:
corpo e corpo ocos
num quarto vazio

promessa
livre de gramáticas