sexta-feira, 21 de julho de 2006




Undress me now
using your eyes
using your mind
now
You know how
You know how…
(Morceeeba)





Nostalgia de um tempo anterior à internet...






quarta-feira, 19 de julho de 2006




Apontador de lápis, esse instrumento filosófico que vai – tuntuntun, tuntuntun, - alimentando-se com a casca amarela e a madeira doce do lápis até terminar numa espécie de vácuo giratório insonoro, como deve acontecer a todos nós.” Vladimir Nabokov


sexta-feira, 14 de julho de 2006




Ipiranga com Avenida São João. Estou no cruzamento, final de tarde, já noite, carros para a esquerda, carros para a direita, gente em toda direção, Renata me puxando, não entende minha estaticidade, eu preciso parar, refletir aquelas avenidas em mim, a música em mim. Enfim eu no meio da melodia. Quatro esquinas, centenas de construções que lhes seguem, é preciso seguir, não se pode parar ali, assim, e pensar em poesia, melodia, nostalgia, é preciso seguir, deixar escoar o fluxo, eu hesito, fico ali, ainda, olhando as esquinas, tentando apreender o ritmo daquelas ruas, tentando ouvir o violão, a voz, o som, tentando cantar a poesia concreta das tuas esquinas, mas me foge a letra, me foge o ritmo, a cidade me atém além de mim, ela exige-me inteira, engole-me e muda observo o silêncio que me causa o estranhamento, o encontro concreto com o asfalto da canção. Um emaranhado de encontros, mas a exigência do momento não admite aliterações, a cidade dispondo-se de mim em sua deselegância discreta, proibindo divagações. No coração, alguma coisa acontece.


terça-feira, 11 de julho de 2006


Le jeu de la vie...


sexta-feira, 7 de julho de 2006



Desejo de pele que ferve e abraça,
De boca oca que se enche de língua,
De ventre de pano que se desnuda,
De olhos de luzes, de cores e sombras,
De dedos que entram nos furos do outro,
De pernas pra baixo, pro lado, pra onde?
De suor que desce pela pele, pelos poros, pelos pêlos,
Enrolados, molhados, puxados,
De rosto careta pra depois sorriso,
De voz que grita e silencia,
De tempo e espaço... passo, passo, passo de dança,
No puf, na cama, no chão e teto
Akmê, oxalá, pai xangô que o trem é bom,
Caminho-da-minhoca...
Onde é que fui parar?




O silêncio assusta, mas outro dia me disseram que não há silêncio. “Pense nisso, não há silêncio”. Penso nisso desde então. Há silêncio ou sempre este turbilhão? O silêncio do outro, sim, o meu quase nunca não. Quando o há, tão raro, quase uma gota de milésimo de segundo. Um momento de desprendimento, um momento. E no seguinte o som. A mente quase sempre insana, querendo construir caminhos lógicos onde o caos predominantemente prevalece. E eu sempre com a mesma mania de escrever o mesmo mudando palavras e ordens. E o mesmo prevalece quando se mudam palavras e ordens? Quase sempre não, mas quase sempre é quase sempre quase nunca. E você tão calado que me assusta. Sempre escapando, evitando deixar sinais, querendo fazer-se presente unicamente pela ausência seca, que de tão silenciosa, gritante. Não, não há silêncio. Você sempre presente, com a sua sensibilidade afetada por um mundo que não te cabe. Demorei para apreender sua dor, mas ela chegou em mim. Não veio de você. Passou por você e seguiu seu rumo, atingindo-me tão depois... e agora, na ausência a sua presença se faz por este sentimento de completo alheamento com o mundo. Ou não. Nenhum alheamento, ao contrário, o mundo te afetando de forma tão visceral que mortal. Mas a morte só virá depois. E se a morte é certa, o depois nem tanto. Haverá morte? Sim. Depois? Nem tanto. Um pouquinho, talvez. E o que fazer com o resto do infinito que não me cabe? E com este grito? Não há silêncio, pense nisso. Não há silêncio, só grito.


domingo, 2 de julho de 2006



Literaturas na internet:
Alunos da UNICAMP fizeram um trabalho sobre.
Este blog foi escolhido.