Ela persiste em agudos versos
mas apodrece a rima em ruína espera
se na tua carne essa armadura
de ferro impede abrigo.
Cansado, o peito se deixa afundar
em movediço fado
e espalha pelos nervos nas noites
quentes espasmos fulgentes.
Solitárias horas se renovam alagadiças
nas folhas virgens trepadeiras
dos muros altos da prisão à vista.
O que pode de invento uma boca sedenta inda
tramar quando a garganta de silêncio inflama
e lança em febre o corpo em cama?
mas apodrece a rima em ruína espera
se na tua carne essa armadura
de ferro impede abrigo.
Cansado, o peito se deixa afundar
em movediço fado
e espalha pelos nervos nas noites
quentes espasmos fulgentes.
Solitárias horas se renovam alagadiças
nas folhas virgens trepadeiras
dos muros altos da prisão à vista.
O que pode de invento uma boca sedenta inda
tramar quando a garganta de silêncio inflama
e lança em febre o corpo em cama?
Um comentário:
Bia,
a dor também pode deixar a palavra enfermiça... pelo soneto, o feto de algo ainda informe dorme à espera de algo melhor, adiante... aguarda, que depois da tempestade, o sol brilhará.
beijo,
r
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