quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

entrelinhas

- trabalhando muito.
- imagino.
- era uma pergunta.
- então a resposta poderia ser: imagine. muito, sim. mas também outras coisa bacanas. espero que estejas bem.
- com uma gripe aqui. vim tocar e acabei por pegar essa coisa nesse frio daqui...
- bonito aí?
- sim, muito. mas o frio determina mais que o desejado...
-
líquidos quentes para aquecer o corpo.
- já bem chá-qualhado, de tanto que aqui consomem...
- não te interrompo, mas dizer pouco não será mais que o silêncio?
- temo deixar-me conduzir por essas linhas... você sempre prefere uma xícara de chá às nossas conversas. (isso também foi uma provocação!)
- para não ter que engolir tantas verdades.
- posso ser qualquer coisa de fogo, agora. menos cabelos...
- ...
- verdades com chá descem melhor!
- se passar uma geléia e manteiga nelas, acredito que sim.
- qual estação é aí, agora?
- aqui chove. início do inverno... mas ninguém me falou de outono.
- somente as folhas dum parque que passei com meu amigo.
- sobre quais verdades diz?
- as de que são mentira.
- enigmas...
- de que prefiro as xícaras de chá a uma boa conversa com uma certa pessoa.
- e porque posso me dar o direito de sentir-me magoada contigo? por que separado: trata-se de uma pergunta. mas sem intenção de resposta. a pergunta é para mim mesma.
- as pessoas são como espelhos... às vezes...
- então por que senti aquilo que nunca provoquei em ti?
- espelhos às vezes concavos, às vezes convexos...
- sim...
- nem sempre me vejo nele... as vezes minha imagem some, quando te olho.
- por encontrares algo além de mim...
- por não me encontrar aí no olhar do outro.
- talvez estejas além, muito além...
- muito além...
- o além existe, caro amigo?
- não percebemos quando lá estamos...

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