quarta-feira, 2 de abril de 2014

por que deus permite que as mães vão-se embora?



Na minha última viagem a Conquista, no Natal de 2013, resolvi fazer um simples registro em vídeo, um tipo de diário de família, iniciativa nunca antes realizada, muito inspirada em coisas que li, vi e me tocaram recentemente. Acabei filmando apenas a breve noite da minha chegada, porque logo percebi que havia esquecido o carregador e a bateria extra em Belo Horizonte, além de que, aquela mesma já se esgotava. Então a câmera havia ido comigo apenas para guardar um enlaço. Mal pensava (ou talvez sentia?), que o abraço materializado ali com a minha mãe, captado pelo meu irmão a pedido meu, seria o nosso último reencontro neste breve existir e estas imagens, ínfimos segundos, um bem precioso e sem fundo, mar onde já me perdi e achei, mergulhei profundo, vezes sem fim. (Nesta madrugada, às 02:40 do dia 02 de abril, faz um mês que a minha mãe partiu)


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