Andei por
vertente de terra
com o peito
nu a furar
jorro bravo de
rio
contra a nascente.
Estava tu lá,
jagunço
destemeroso,
tal a força
das águas
desde longe a
cumprir sua sina
de travessia
na seca,
desdobrando
o longo corpo
em
afluentes.
Encurvei
meus braços em seu tronco
e nele
cravei meus dentes
amolados como um
facão enferrujado.
Rasquei sua
veia,
bebi sua
seiva
amarga
e deixei de lutar,
agora
entregue ao sabor
do vento,
ao caminho
do mar,
ao movimento
livre
de Opará.
2 comentários:
Oi, Menina!
Em Tanhaçu, antes de pegar o vôo em Conquista, olho o surrado calendário que conta meus dias...
Percebo que é dia 20 e sei que algo me inquieta.
São tantas coisas! O tempo passa, voa. O tempo é meu carrasco, em todos os sentidos!
Antes de voltar ao Pará, às margens do Xingu, onde os progressos da civilização se dissipam, pensei em lhe mandar um abraço carinhoso pela data que se aproxima!
Antes de sair do ar, receba meus parabéns antecipados. Desejo-lhe paz, saúde, sucesso!
D.
agradeço a gentil lembrança e de cá fica a curiosidade de saber o complemento de D. Quem há de ser, que se lembra de minha passagem, que passa por Conquista ao caminho do Pará?!!!
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