Sempre escreve para um outro forjado
poeta maldito de um corredor de gueto escuro
parido, um sombrio reflexo inspirado
em filmes noir nunca esquecidos.
Psiu, ela ouve Billy Holiday.
E quantas vezes ele há de ter imaginado
ser a razão dos versos dela e se esquivado
pois maldito que é maldito
quer ser fodido e não amado.
Psiu!, ela ouve Billy Holiday.
Agora a língua, o sangue, cada átomo
dessa mulher doente no chão a meditar estendida
- nesses dias lentos que parecem nem respirar,
clamam voz, querem dizer, pedir guarida.
De onde ela vem a fome faz brotar visões
devoradoras fingidas por ele entendidas.
Billy Holiday não se cala, suicida.
É madrugada. Aos poucos uma calma nova adentra
aquece e suscita crescente esquivanças da dor.
Expande o peito e aperta o tempo –
o carnaval há de chegar,
um novo amor.
E a mesma ânsia de corpos
nus estendidos.
Serás aquele que vai com a noite
e debaixo do céu invoca à Terra
volúpia
volúpia
right or wrong
can't get alon
2 comentários:
VEI que parada loca é essa show?
Saudade. ai que saudade. ai ai ai. bjim.
se você gosta, papalo, eu me sinto feliz...
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