sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Como Marte, eu amante

abaixo um poema meu 
musicado pelo querido Renato Torres



Não há escuro no ocaso pra quem vem de Vênus
e essa luz em céu noturno de estrada sem rumo
é um convite em murmúrio à fome,
um breve estado em esquecimento.

De ter desnudo desejo nesse clarão de noite
depois de em tua boca um verso,
fábula de culpa alardeia templos
repletos de deuses que uivam viris, suculentos.

Mas esse canto de cisne novo
te deita em concha de pérola
mal a noite em espiral adentra.

Sua voz esse intento
cratera de fogo
em vulcânica superfície.

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