na sua pele
quando meu corpo
silencia
sucede
objetividade asseptica
de uma não-linguagem
no seu indo pra dentro de mim
ou tradução intersemiotica
de um ruído sem-lugar no mundo?
o que se pode haver
o que se há de ouvir
com as orelhas cravadas no peito,
eh um
tum-tum
tum-tum
sem fim,
em vermelho
tum-tum
caligrama bomba
tum-tum
lacrado com cera quente,
tum-tum, ponto final
tum-tum
pulsação latente
de um corpo
xamã
você eh um concretista
enquanto olha e somente olha para os meus joelhos?
um surrealista? um dadaista?
artista pop? ou conceitual?
tum-tum
espaçamentos entre
desejos e nudezes,
sujidades queridas,
mediterrâneas
tum
ul
tum
possibilidades retóricas
do seu corpo cravado no meu:
- isso não eh um cachimbo!
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