sábado, 8 de outubro de 2011

tradução lingüística da sua presença (ou o que pude reter de um livro técnico sobre imagens)

na sua pele
quando meu corpo
silencia
sucede

objetividade asseptica
de uma não-linguagem
no seu indo pra dentro de mim

ou tradução intersemiotica
de um ruído sem-lugar no mundo?

o que se pode haver
o que se há de ouvir
com as orelhas cravadas  no peito,

eh um
tum-tum
tum-tum
sem fim,

em vermelho

tum-tum
caligrama bomba
tum-tum
lacrado com cera quente,
tum-tum, ponto final

tum-tum
pulsação latente
de um corpo
xamã

você eh um concretista
enquanto olha e somente olha para os meus joelhos?
um surrealista? um dadaista?
artista pop? ou conceitual?

tum-tum
espaçamentos entre
desejos e nudezes,
sujidades queridas,
mediterrâneas

tum
ul
tum

possibilidades retóricas
do seu corpo cravado no meu:
- isso não eh um cachimbo!



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