como se a pudesse salvar do mergulho que ela mesma havia provocado, como se pudesse ensiná-la a ser, como se pudesse servir de DONKA. é preciso afastar o canto da sereia, é preciso desconstruir uma viagem meramente narcisista. disponibilidade para autoflagelo. ou enfim encontro constante com a perspectiva da traição de si mesma. não. a vida é igual cinema e cinema é mais do que isso. "precisamos de novas formas e não apenas de novos temas", diria glauber. sim! e não o inverso, creia! postura crítica para criar novas conjuções capazes de expressar seus verbos em composições próprias, disponibidade de se perder e se encontar numa espiral até a morte. a pulsão da criação abriga o embate entre 1)as adversidades materiais encontradas na busca de impor autenticiade às 2)experiências que participa. e como saber se o que crio é bom (plano valorativo), necessário (plano político-ideológico) e bonito (plano estético)? como não rasgar todo o absurdo que absorvo e absinto?
o afeto é um valor?
o afeto tem uma estétika?
o afeto é também político?
domingo, 8 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
o sagrado pelo avesso
escatologia é doutrina
do que deve acontecer
no fim do mundo.
a escatologia
bem como a palavra orgia
pertencem ao dasein
.......................design
porvir -
estamos quase nus.
..............................................
quem carrega os pincéis do mundo que escrevo,
dos caminhos de terra,
de pedras e vales?
quem encena os personagens que componho
e aqueles que minhas palavras, no ato de dizer
já interpretam,
vazios, sombrios, famintos,
pobres e marginais?
em vão
as carnes se mexem
como materialidade da vida.
em vão?
não há nuvem tão grande
capaz de cobrir o oco céu além da carne.
não há?
"Nem mesmo a palavra?", pergunTo.
"Ora", direis, "ouvi estrelas!"
Hilda: "o que esperais de um Deus?
Ele espera dos homens que O matenham vivo"
eu sou o circulo e Ele a circunferência:
Mênade e Fauno no cortejo de Dionísio.
do que deve acontecer
no fim do mundo.
a escatologia
bem como a palavra orgia
pertencem ao dasein
.......................design
porvir -
estamos quase nus.
..............................................
quem carrega os pincéis do mundo que escrevo,
dos caminhos de terra,
de pedras e vales?
quem encena os personagens que componho
e aqueles que minhas palavras, no ato de dizer
já interpretam,
vazios, sombrios, famintos,
pobres e marginais?
em vão
as carnes se mexem
como materialidade da vida.
em vão?
não há nuvem tão grande
capaz de cobrir o oco céu além da carne.
não há?
"Nem mesmo a palavra?", pergunTo.
"Ora", direis, "ouvi estrelas!"
Hilda: "o que esperais de um Deus?
Ele espera dos homens que O matenham vivo"
eu sou o circulo e Ele a circunferência:
Mênade e Fauno no cortejo de Dionísio.
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