sexta-feira, 5 de março de 2010


A música surge num trecho já distante da jornada, como elemento diegético da narrativa, para fazê-los permanecer, por algum tempo, voltados cada um aos seus próprios sentimentos, às suas peculiares lembranças, às suas distintas significações, dadas ao caminho que até ali se deixaram conduzir. Ele escolhe uma música instrumental para preencher o silêncio e temperar o vazio, como se no ambiente deixasse de caber somente os corpos, como se necessário fosse substituir as palavras por uma forma mais abstrata e simbólica de linguagem, como se rendidos estivessem, desarmados, entregues à melodia do caos.

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