sábado, 8 de dezembro de 2007


não há existir sem imaginário. a palavra descasca o real e me transforma em multiplicidade. a palavra me destranca e sou o que não serei nem fui. mas falta um grito, um último grito que me destrave, que me destaque, que seja em mi; há um grito uivo, um grito gesto, um grito escárnio, um grito música, um grito verso. há um grito ainda não-palavra. sei que virá já-já. depois dele, eu.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo Fabiana ( e profundo...)
Gostei muito !
Um beijo
Marcos