superfície é onde o verbo
bóia de sem sentido,
asas pesadas, plumas molhadas
de uma vespa.
Despista o vazio
com o eco escancarado
de clássicos empoeirados,
urgências exotérmicas saciadas
com delírios marginais.
Funda é madrugada inteira acordada,
convulsões atônicas longe de casa,
inércia do sono em quarto de hotel.
dorme e acorda cem vezes
sem lugar em sonhos imbecis.
- de novo invadida por um poeta russo.