domingo, 14 de julho de 2013

do mínguo confesso



quando quiseres entrar
pode ser de não encontrar
sentido inteiro de pressa,
só minguante.

talvez encontre mistério e silêncio
quando a febre passar
e meu corpo acordar
desse olhar de querer
ver.

vou estacionar meu susto
do mundo em seus braços
e repousar essa nostalgia de
contemplar sozinha o entardecer.

tomo ávida seu espaço de dentro
quando te flerto nos olhos e
quanto mais capto,
menos penso.

enquanto você viaja
rogo eu adeus
em sonâmbulos versos
e também viajo eu.

adeus às esperas,
aos entraves,
aos freios que secam
e castram fábulas
por meras vaidades.

essa estranha paz ciência
adquiri faz séculos -
sou feita de ecos, Perséfone
de um mundo avernal.

se espera ácida
rapta o tempo,
melhor é que sejamos
hasta el infinito lentos.



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