sábado, 18 de agosto de 2007

Bispo do Rosário


escrevo sobre a sobriedade. Marguerite Duras bebia para suportar adentrar, sozinha, pelos bares noturnos. não suportava encarar todas aquelas francesas loiras e altas sem ter avançado alguns passos para além da sobriedade. ela, pequenina mulher. a sobriedade... existe? tanto quanto as mulheres loiras e altas (existem?) ou será mais uma ficção? ontem um rato tocou minha perna, expôs os meus limites - posso enlouquecer tal qual G. H. (de Lispector). lembrei-me de marguerite e suas loiras francesas. ratinho nojento. a lucidez, ensaio sobre a loucura. é preciso olhos para ver. mas a visão é cerebral? corta-se o ritmo do sentido único. parte-se em qualquer direção. sementes. (como é que eu devo fazer um fundo no muro da minha casa?)