repensar o jeito de viver, o quanto se consome de calça, calcinha, cueca, camiseta, meia, sapato, batom, sandália, pente, perfume, tinta de cabelo, esmalte, barbeador, lápis, prato, copo, pneu, sofá, mesa, cadeira, brinquedo de natal de ano novo de páscoa de são joão de são judas de santo antônio de são josé, o quanto se compra, o quanto se vende, o quanto se liquida produzindo saco plástico, latinha de refrigerante, de cerveja, de doce, de sorvete, de picolé, de atum, de suco, de leite, de manteiga, de chocolate, de queijo, de carne, geladeira cheia de árvores mortas e o que se pode fazer afinal quando se mora em centros urbanos com multidões de gentes e carros e litros de gasolina emitindo gases e gases e gases e gases e gases e gases e gases que retêm um calor que queima o cérebro ao meio dia ao pisar em petróleo respirando petróleo, sim, mas e daí quando se pensa que apesar de todo o desperdício ainda há má distribuição e então isso justifica meu pobre e desenfreado consumo de bugigangas, produtos descartáveis para produzirem mais consumo, mais dinheiro, mais concentração, mais desmatamento e há sempre a bela verdade consoladora de que o meu consumo é batatinha perto dos e.u.a e enquanto eles não derem o exemplo que não me venham cobrar também qualquer mudança porque a minha mudança não afeta em nada o mundo e nem quero pensar sobre isso agora porque me deu uma vontade imensa de comer no McDonalds. argh! odeio-muito-tudo-isso.